sexta-feira, 25 de setembro de 2009

No dia do Rádio, nossa homenagem aos Radialistas Caxambuenses que fizeram historia: De Caxambu para o mundo. 25/09/2009

Sobre o Radialista

Na época, quando fundou a primeira emissora de Rádio do Brasil, não existiam escolas para formação de Radialistas. Foram os Radiamadores os primeiros locutores, por já possuírem experiência com microfones. Uma característica era fazer uma programação cultural, que consistia em música Erudita, conferência e palestras que não interessavam ao ouvinte.

Na Era do Rádio, o grande astro era "Vital Fernandes da Silva", o "Nhõ Totico", que permaneceu no ar por 30 anos. O mais incrível é que nessa época ele apresentava dois programas ao vivo e totalmente improvisados. Nos dias de hoje, com um ouvinte mais exigente, o radialista precisa de muita técnica e ter um padrão que se identifique com cada emissora.

Mas o ponto em comum entre eles tem que ser o carisma. Dentro de cada Radialista existe um inexplicável sentimento de dedicação e o interesse pelo que faz. Só o idealismo não é o suficiente, existe a necessidade do talento. Com milhares de bons Radialistas espalhados pelo Brasil, o Rádio é hoje rico, oferecendo boas opções para aquele que merece todo o nosso respeito: o ouvinte.

De Caxambu para o mundo:

Alberto Curi: (1926-1998)Locutor, noticiarista, narrador e apresentador brasileiro de rádio e televisão nascido em Caxambu, Estado de Minas Gerais, que atuou como noticiarista e chefe dos locutores na rádio Jornal do Brasil e foi um dos mais laureados locutores do rádio brasileiro. Participou de inúmeros programas de TV, entre eles Grandes reportagens e Diário de um repórter, crônica diária escrita por David Nasser e apresentada antes do famoso Repórter Esso, e o Programa Flávio Cavalcanti. Foi diretor da Rádio Tupi AM e, aposentado (1993), voltou para sua cidade natal e faleceu em Caxambu, Minas Gerais.

Jorge Curi (Caxambu, 26 de fevereiro de 1926 - 23 de dezembro de 1985) foi radialista e locutor esportivo brasileiro. Filho do comerciante José Kalil Curi e de Maria Curi, teve oito irmãos, entre os quais, o cantor, compositor e humorista Ivon Curi e o também radialista Alberto Curi. Iniciou sua carreira na emissora local de sua cidade natal, Caxambu, em 1942. No ano seguinte, teve a chance de fazer um teste para a Rádio Nacional, onde, aprovado, permaneceu até 1972, quando se transferiu para a Rádio Globo. Foi um dos maiores locutores de seu tempo, ao lado de Oduvaldo Cozzi, Waldir Amaral e Doalcey Bueno de Camargo. Além de locutor esportivo, também condiziu o programa dominical de calouros A Hora do Pato. Narrou nove copas do mundo.
Sua morte ocorreu devido a um acidente automobilístico próximo a Caxambu, para onde se dirigia para os festejos de Natal e de Ano Novo. Pouco antes, havia se transferido para a Rádio Tupi.

Ivo José Curi,Conhecido como Ivon Curi (ou Ivon Cury), nasceu em Caxambu, 5 de junho de 1928 e faleceu no Rio de Janeiro, 24 de junho de 1995. Foi um cantor, compositor e ator brasileiro. Passou a infância e parte da adolescência em sua cidade natal. No início dos anos 1940 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira artística como cantor em 1947, contratado como cantor principal da orquestra do maestro Zaccarias, do Hotel Copacabana Palace. Em 1966, participou do programa Adoráveis Trapalhões com Renato Aragão, Wanderley Cardoso e Ted Boy Marino. Seu último personagem em televisão foi o gaúcho Gaudêncio da Escolinha do Professor Raimundo. Também conhecido pela dublagem brasileira de Lumière, o castiçal de A Bela e a Fera, clássico da Disney.

Rui Villara Viotti Nasceu em 26 de setembro de 1929, em Caxambu, Minas Gerais. Começou a carreira profissional como locutor, aos 15 anos, na Rádio Caxambu. Em 1949, decidiu vir com um amigo para o Rio de Janeiro, onde morou no bairro da Lapa, no centro da cidade. Na mesma época, a Rádio Tupi abriu um concurso para encontrar um substituto para Ary Barroso. Concorreram 400 candidatos, em provas de leitura e dicção, de redação, de conhecimentos esportivos e testes em transmissões esportivas. Na etapa final do concurso, restaram três concorrentes: Rui Viotti, Alberto Figueiredo e Domingos Araújo. Ary Barroso acabou contratando os três. Começou participando das transmissões esportivas da rádio. Mas ficou pouco tempo na Tupi. Logo depois, transferiu-se para a Rádio Nacional e, em seguida, foi trabalhar na Rádio Tamoio, a tempo de participar da cobertura da Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil.

Rui Viotti também participou do início da implantação da televisão no Brasil. Em meados da década de 1950, conciliava o trabalho da rádio com o da TV Tupi. Chegou a exercer as funções de caboman e cameraman, até apresentar um programa com notícias esportivas no canal 6. Mais tarde, voltou para a Rádio Tupi, onde se tornou locutor dos jogos de domingo, no lugar de Ary Barroso. Desta vez, ficou durante 13 anos na emissora. Trocou a televisão pelo mercado publicitário, no qual atuou entre 1962 e 1966.

Logo depois, foi chamado para ocupar o cargo de diretor comercial da TV Rio. No início da década de 1970, foi o responsável pela cobertura dos jogos comemorativos pelo Sesquicentenário da Independência, realizado em várias cidades do país, como Manaus, Campo Grande, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A transmissão foi feita através de um pool formado pelas redes de televisão Tupi, Globo e Record.

Rui Viotti também passou pela TV Bandeirantes. Em seguida, voltou para a TV Tupi, em 1970, agora no cargo de diretor de programação. Em 1973, foi convidado por Walter Clark para assumir a direção de esportes da TV Globo, logo após a morte do jornalista Júlio De Lamare. Na emissora, foi um dos responsáveis pela criação do programa Esporte espetacular e pela organização da transmissão da Copa do Mundo de 1974, na Alemanha. A equipe de 13 pessoas era formada por profissionais como Geraldo José de Almeida, João Saldanha e Léo Batista.

Deixou a TV Globo em 1974. Na sua carreira, passou ainda pelas redes Bandeirantes e Record. Participou das transmissões de torneios de tênis pela TV Manchete e Rede TV! Em um dos seus trabalhos recentes mais marcantes, narrou as três conquistas do tenista Gustavo Kuerten no torneio de Roland Garros.
Rui Viotti morreu, aos 79 anos, em 7 de setembro de 2009, em São Paulo. Ele estava internado há dez dias, após sofrer uma infecção generalizada, e teve falência múltipla dos órgãos.

Fonte: Memorial do Rádio Brasileiro

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